A Guerra Civil Espanhola (1936-1939) entre tantos absurdos,
contou com a primeira vez na história que foi efetuado bombardeio aéreo na
população civil, e não em alvos militares, com objetivo de fomentar a teoria do
caos.
Seu ápice foi uma série de ataques aéreos nacionalistas que
tiveram lugar de 16 a 18 de março de 1938.
Aproximadamente 1.300 pessoas foram
mortas e pelo menos 2.000 foram feridas.
Em março de 1938, os nacionalistas, após a batalha de
Teruel, começaram uma ofensiva em Aragon. Em 15 de março, o governo francês,
liderado por Leon Blum, decidiu reabrir a fronteira espanhola possibilitando
com que os fornecimentos russos começassem a chegar em Barcelona. Como represália,
Mussolini decidiu realizar bombardeios aéreos maciços contra a cidade, a fim de
"enfraquecer o moral dos vermelhos". Mussolini pensava, assim como o general
Douhet, que ataques aéreos, causando terror, poderiam ajudar a vencer a guerra.
Entre 16 e 18 de março de 1938, Barcelona foi bombardeada
pelos aviões da Aviazione Legionaria Italiana, estes bombardeiros decolavam de
Mallorca com insígnias espanholas. A primeira incursão aconteceu às dez horas
de 16 de Março usando os Hidro- Heinkels alemães. Depois disso, houveram 17
ataques aéreos pelos bombardeiros italianos Sa-79 e SA-81 em intervalos de três
horas até as três horas da manhã do dia 18 de março.
Barcelona tinha pouca
artilharia antiaérea e nenhuma cobertura aérea. A Força Aérea Republicana ( FARE ) só enviou
aviões de caça para Barcelona na manhã de 17 de março.
A onda repetida de ataques realizados pelos italianos
tornaria irrelevante o sistema de alarme de ataque aéreo, uma vez que não seria
claro se as sirenes estavam anunciando o início ou o fim de um ataque. Além disso, eles usaram um novo tipo de
bomba, de fusível atrasado concebidas para passar através do telhado e, em
seguida, explodir dentro do prédio, provocando uma força lateral maior, de
modo a destruir os objetos e pessoas a poucos centímetros do chão.
Os bombardeios afetaram toda a cidade sem se preocupar em
destruir alvos militares. Na noite de 18 de março, bairros da classe trabalhadora foram
duramente atingidos.
Esta foto é exatamente o bairro residencial onde vivo hoje!
Triste.
Entre as poucas coisas que a população poderia fazer, uma era a defesa passiva na construção de abrigos antiaéreos... tema para o próximo post!
Triste, porém é história e deve ser contada. Parabéns! Bjo.
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